quarta-feira, dezembro 07, 2016

A revelação a preto e branco

A revelação do preto e branco
A grande vantagem de sermos nós próprios a fazer a revelação, reside no facto de termos o controlo total sobre a fotografia final, para além de não termos de esperar que a película volte do laboratório.
Não há nada que bata o prazer de vermos a imagem que críamos surgir no papel diante dos nossos olhos.
A revelação fotográfica é um trabalho muito divertido e fácil desde que se compreendam os seus princípios fundamentais. É composta por duas fases – ao revelarmos a película, ficamos com uma colecção de negativos , dos quais tiramos depois provas.
Uma vez “apanhado” por esta actividade, pode ter a certeza que conhecerá outros entusiastas  que quererão partilhar a sua câmara escura consigo. Em seguida, enumera-se o equipamento de que necessita e mostra-se os vários passos a dor para tirar provas.
Preparação e uso dos produtos químicos
Os produtos químicos utilizados na câmara escura são vendidos sob a forma de concentrados líquidos e, por vezes, em pó. Quando estiver pronto para os utilizar, misture-os com a água (eu prefiro a destilada) de acordo com as instruções do fabricante. Se forem manuseados com cuidado, os produtos químicos para fotografia (laboratório a preto e branco) não são mais perigosos do que os produtos de limpeza da cozinha.
Temperatura
Quando estiver a revelar, é importante manter a solução química á temperatura correcta; cerca de 20ºC. Coloque-as dentro de uma vasilha com água ligeiramente mais quente do que a temperatura de que precisa para a revelação.
Ponha a solução em copos graduados e coloque-os dentro da bacia com água. Assegure-se que o recipiente é estável e que não espirra água para as soluções químicas. O líquido deve atingir a temperatura requerida em poucos minutos. Use um termómetro para verificar a temperatura com exactidão.
Segurança
Quando estiver a lidar com os produtos químicos use umas luvas de silicone para proteger a pele das mãos. Lave sempre os recipientes depois de os usar. É aconselhável ter três tinas de cores diferentes, de modo a encher sempre cada tina com o mesmo produto químico a fim de reduzir ao mínimo o risco de contaminação.
Voltar a usar
Pode voltar a usar as soluções de paragem e de fixador, desde que estas não tenham sido preparadas há mais de duas ou três semanas. Verifique se o revelador pode voltar a ser usado, pois alguns só servem para uma vez. Tenha o cuidado de guardar as soluções em garrafas rotuladas e mantê-las longe do alcance das crianças. Marque nos rótulos a percentagem de diluição e a data.
Armazenagem
Guarde as soluções já usadas, mas ainda em serviço, em garrafas hermeticamente fechadas, para evitar que o oxigénio se misture ao liquido. Procure encher as garrafas até ao cimo. As garrafas de plástico que podem ser comprimidas para que fique dentro delas o menor ar possível, são o ideal mas também pode utilizar qualquer outro tipo de garrafa, desde que ela possa ser firmemente rolhada.
Se não tiver a certeza de que uma solução está ainda em condições de voltar a ser usada, leia as instruções do fabricante sobre o prazo de duração. Se um liquido escureceu ou se tiver um cheiro muito forte quando abrir a garrafa, o mais provável é ter sido guardado tempo a mais e ter chegado a altura de o deitar fora. Em caso de dúvida deite-o fora.

De Foto e Video

O material necessário esta descrito no post anterio

terça-feira, dezembro 06, 2016

Material necessário para laboratório de preto e branco

 Ampliador Temporizador



 Liquido de paragem


 Revelador de papel
 Protector de poeira para película Fixador para papel e película



 frascos para guardar a quimica revelador de película



 Cornometros de revelação Tanque de revelação de película









 tesoura para película Pinças para papel


 pinça para pelicila e papel  tanque de revelação para papel



 medidou para quimicos tamque de revelação para papel


 funis para quimicos Luvas para quimicos


 Proveta graduada para quimicos medidor para quimicos



Caixa de luz Saca filme, termometro e conta fios


 Lampada vermelho Papel 







Revelação analógica a preto e branco

Depois de há mais de 20 anos não revelar em casa voltei a meter a mão na massa adquiri a química necessária e aqui fica a experiência da 1ª revelação domestica serie II.


Revelação em casa de um rolo Ilford FP4 Plus 125

Revelador Rodinal
Diluição 1:25
Proporções 500ml 19ml de Rodinal para 481ml de ádua destilada

Paragem Adostop
Diluição 1:19
Proporção para 500ml 25ml de Adostop para 475ml de água destilada

Fixador Ilford Rapid Fix
Diluição 1:4
Proporção para 500ml 100ml de Rapid Fix para 400ml de água destilada

Photoflo foi substituído por água destilada com detergente da cozinha
Diluição 400ml de água destilada para 4 gotas de detergente de cozinha



Processo
Revelador feito no momento conforme especificação do fabricante (importante ver especificação do fabricante para cada tipo de revelador), a uma temperatura 20º, durante 9 minutos, agitação constante nos primeiros 30 segundos, depois agitar 30 segundos em cada minuto.
Lavagem de 30 segundos com agitação permanente, liquido de paragem 30 segundos com agitação permanente, nova lavagem de 30 segundos com agitação permanente.
Fixador utilizar o mesmo processo do revelador
Photoflo (água destilada com detergente de cozinha) agitar muito levemente para não fazer espuma durante 30 segundos

Lavagem final abundante, (não controlei o tempo) até ter a certeza que não há resíduos do produtos.



este foi o resultado final


Fotografia Analógica e alternativa

Como a fotografia também tem a sua arte e beleza e é mais uma das minha paixões a partir de agora também vou abordar este tema dando algumas dicas, conselhos, e experiências, sobretudo na fotografia alternativa e na utilização e tipos de químicos a utilizar.

Boas fotos

quarta-feira, março 16, 2016

Cor: ABC e teoria


Cor
ABC da cor – termos mais utilizados

Para poder nos entendermos quando falamos sobre as tintas a óleo, acrílico ou qualquer outro médio, sobre os quadros e pinturas necessitamos do ABC da cor, ou seja conhecer os termos adequados a esta nova linguagem.

ABC da cor

Amarelo
Uma cor, a que se encontra colocada por regra geral na parte superior da roda de cores.
O valor mais claro e de maior intensidade no circulo cromático.

Acromático
Falta de cor, neutra; cinza,  branco ou preto

Cor-Em ingles “Hue”
Refere-se ao nome de uma cor: vermelho, amarelo, azul, etc..

Cor fugitiva
É a cor que desaparece ou muda de tonalidade ao longo de um curto período de tempo

Cor local
É a cor real do objeto

Cores primárias
São cores que não podem ser obtidas a partir de misturas: vermelho, azul, amarelo, magenta, ciano

Cor refletida
É uma cor qua não pertence ao objeto mas sim a algum objeto ou luz circundante. Luz colorida que salta de uma superfície e cai em uma superfície próxima

Cor terra
Cores pouco intensas criadas a partir de terras naturais ou os seus equivalentes sintéticos. Burnt, Sienna, Raw Sienna, Burns Umber, são por exemplo cores terra.

Dominância
Chama-se a uma área maior de cor ou uma área de cor mais brilhante colocada com o fim de dar ênfase




Esquema de cores
Um esquema de cores é uma relação lógica de cores na roda das cores. Esquema de complementares, complementares divididos, analógicos, doble complementares, triádicos, etc..

Granulação
Refere-se á qualidade ou características do pigmento para sedimentar

Intensidade
Tem a ver com a pureza ou o brilho de uma cor, às vezes chamado também croma os saturação.

Justapor
É colocar as cores lado a lado por e/ou para contraste

Movimento
Tem a ver com a dinâmica que se cria num quadro desviando ou atraindo o olhar numa direção.
Horizontal (sereno), Vertical (estável) ou Diagonal (energético)

Neutro
Cinza, branco ou preto

Opacidade
Refere-se ao poder de cobertura de um pigmento. O oposto a transparência

Paleta de base
É uma paleta baseada nas cores primárias, amarelo, vermelho, azul ou magenta, ciano ou os seus equivalentes nas tintas (óleo, acrílico, aguarela, etc..)

Primários divididos
Duas de cada cor primária usada para criar misturas brilhantes

Qualidade (pintura)
Caraterística da superfície pintada. Por exemplo, fina e aveludada ou sobrecarregada

Roda das cores
Arranjo circular das cores utilizadas na teoria da cor

Temperatura
O efeito de color ou frio que uma cor produz no observador (vermelho-laranja é mais quente azul-verde é mais frio)


Unidade
O objeto ou propósito de o desenho e a pintura, quando tudo funciona, quando tudo encaixa a perfeição

Valor
Variação de uma cor do mais claro ao mais escuro
Valor tonal alto, refere-se as cores mais claras; Valor tonal baixo refere-se as cores mais escuras

Zen de cor – cor Zen
Termo informalmente utilizado para definir a intuição em relação a cor, que deve ser em ultima instância a autoridade final.



Teoria da cor.

Introdução
Na arte da pintura, assim como na fotografia e outras artes, compreender as bases da teoria da cor, é um conhecimento indispensável para o sucesso na correta utilização das mesmas.

Teoria da cor
A teoria da cor compreende um conjunto de regras básicas que permitem misturar as cores para conseguir um resultado desejado. Devemos entender que as cores são tanto produzidas por pigmentos, como para criar as cores, assim também são diferentes as regras para lidar com coda uma delas.
Uma boa compreensão da teoria das cores compreende temas que abordaremos posteriormente.

Modelos de cor – cores aditivas e cor subtrativa.
Cores aditivas e cor subtrativa.
Ao falarmos de cores, temos que diferenciar duas linhas de pensamento distintas: a Cor-Luz e a Cor-Pigmento.

A Cor-Luz. Baseia-se nas emissões de luz solar e pode ser vista percebida através dos raios luminosos e da sua decomposição através de um prisma.

A Cor-Pigmento. Refere-se a substância usada para imitar os fenómenos da cor-luz. Estas cores podem ser extraídas da natureza, de materiais de origem vegetal, animal ou mineral, como resultado de processos industriais, que dão origem aos pigmentos.
 descomposicao-luz.gif
Modelos de cor
Modelos de cor, refere-se ao padrão de representação e estudo das cores e as suas combinações.
Estes modelos servem para estudar o comportamento da cor em diversos âmbitos. Alguns dos modelos de cor mais conhecidos englobam-se em dois grandes grupos, modelos de cor aditivas e modelos de cor subtrativas.
O modelo de cor aditiva mais conhecida  é o modelo RGB, alem do modelo tradicionalmente utilizado em Belas Artes.
Entre os modelos de cor subtrativas mais conhecidas, temos o modelo CMY e o modelo CMYK.
aditiva-subtractiva.jpg

Modelo de “cor subtrativa”
Quando falamos estritamente em termos de conceitos de pintura artística tradicional, vermelho amarelo e azul são as cores primárias e puras a partir das quais todas as restantes cores são obtidas. Este modelo é conhecido como modelo de “Cor subtrativa” e do qual muitos de nos aprendemos na escola através da mistura de cores primárias.
Fora do âmbito da mistura da cor pigmento, este modelo baseado nas cores primárias nomeadas, é raramente utilizado.
Para efeitos impressão, as cores utilizadas nos modelos de cor subtrativos são o ciano, magenta e amarelo, este modelo é chamado “CMY”.
Neste modelo, o preto é criado através da mistura de todas as cores, e o branco é a ausência das cores (assumindo que o papel é franco).
Este modelo corresponde também a um sistema de “cor subtrativa”.
A combinação dos primários dão como resultado uma cor preta suja ou indefinido, pelo que é possível adicionar a cor preta obtida por outros meios, quando assim for o modelo utilizado é o CMYK
No modelo CMK o circulo cromático é baseado nas cores primárias ciano, magenta e amarelo, cuja  mistura dá como resultado o vermelho o verde e o azul, como cores secundárias.

Modelos de cores aditivas.
Existem por tanto outra áreas de aplicação da cor a outros modelos de estudo da cor.
Os modelos de cor baseados nas misturas de pigmentos, correspondem a modelos de cores subtrativas quando misturamos cores de luz, usualmente Vermelho/Verde/Azul. Estamos a utilizar um modelo de cor aditiva. Podemos nos referir a este sistema através do conhecido modelo RGB.
Todas as possíveis cores podem ser criadas através da mistura destas três cores luz. Todas estas cores quando misturadas em partes iguais produzem o branco; quando não existe nenhuma cor luz, obtemos o preto.
Este sistema de cores aditivas aplica-se aos monitores de computador, televisão e vídeo projetores, todos os quais resultam da combinação das cores vermelho, verde e azul, cores primárias do circulo cromático para este modelo RGB.
A luz branca é composta das três cores primárias no modelo de cor aditivo, mas combinando essas mesmas cores em pigmento, ou seja no modelo de cor subtrativa, o resultado será uma cor negra.

O circulo cromático
O disco cromático não é um instrumento cientifico de classificação de cores, mas é muito útil no entendimento da teoria das cores e geralmente usado para estudar as cores-pigmento.
Independentemente dos atributos físicos das tintas, é necessário conhecer as propriedades das cores deforma a podermos resolver e fazer a melhor escolha e misturar as cores na hora de pintar.
Neste circulo cromático podemos diferenciar claramente as denominadas cores primárias, cores secundárias, valores e complementares.
O circulo cromático, tradicionalmente é representado como o próprio nome indica, por um circulo com 12 cores: três primárias, três secundárias (formadas pela mistura das primárias) e seis terciárias, criadas pelas misturas das primárias com as secundárias.
No âmbito artístico, normalmente são utilizadas como cores primárias o amarelo, azul e vermelho, com as cores secundárias, laranja, violeta e verde, resultante da mistura das cores primárias.

Explicação simplificada
Amarelo misturado com azul em partes iguais dão como resultado o verde
Azul misturado co vermelho em partes iguais dão com resultado o violeta
Vermelho misturado com amarelo em partes iguais dão como resultado o laranja
A partir destas cores, muitas outras são criadas, por adição do negro e o cinza para formar as sombras ou cores escuras e por adição do branco para formar as luzes, cores claras ou cores iluminadas. Esta graduação das cores conforme outra das suas características, as tonalidades.
circulo-cromatico2.gif
Cores complementares.

As cores complementares são aquelas que se localizam diametralmente opostas co circulo cromático.
O complemento da cor primária será uma cor secundária.
O complemento de uma cor secundária será uma cor primária.
O complemento de uma cor intermédia será outra cor intermedia

para definir as cores complementares é muito útil a seguinte dica:
O complemento de uma cor primária é a cor resultante da mistura das outras duas cores primárias.
Por exemplo a cor complementar do vermelho, será o verde, porque esta cor se obtêm a partir de mistura das outras duas cores primárias que não o vermelho, ou seja, o azul e o amarelo.
cORES-cOMPLEMENTARES.jpg
0xd3o.jpg          circulo - Cópia (2).jpg

Em outras palavras:

O complementar de uma cor secundária é aquela cor que não interveio na obtenção da dita cor.
Assim o complementar da laranja será o azul, isto é a cor que não interveio na formação da laranja.

Como aplicar este conhecimento.
As cores complementares são usadas para dar força e equilíbrio a um trabalho criando contrastes.
Raramente se usa apenas cores complementares num trabalho, o efeito pode ser desastroso, mas em alguns casos é extremamente interessante.
Os pintores figurativos em geral usam as cores complementares apenas para acentuar as outras criando assim, equilíbrio no trabalho.
cores-complementares.gif
Quando duas cores complementares se misturam, o resultado é uma cor neutra ou cinzenta.
Podemos até obter o preto quando as proporções das cores são iguais.

Dicas importantes sobre as cores complementares:
O conhecimento deste comportamento das cores complementares, é muito útil para produzir gamas de cinzento com a tonalidade com a tonalidade desejada.
Isto é, se desejamos obter uma gama de cinzentos azulados, misturamos a cor azul com o seu complemento laranja variando os valores até obter a gama desejada.
Se quisermos tirar a “potência” de um amarelo, basta acrescentar –lhe certa quantidade de violeta até neutraliza-lo em tons de cinza, até chegar ao preto.
Por exemplo, para produzir preto, teoricamente teríamos que misturar quaisquer cores complementares, no entanto, a forma mais efetiva de  obter o negro é misturando o verde veridiam e o carmim.
Quando duas cores complementares são colocadas em forma de pinceladas juatapostas em lugar de destruírem e acinzentar, estas cores se intensificam e potenciam mutuamente.
As cores complementares são as que mais contrastes entre si oferecem, assim sendo, se queremos destacar um amarelo, devemos colocar junto dele violeta.

Temperatura do cor – cores quentes e cores frias.

As cores possuem diversas qualidades e temperaturas que denominamos “temperatura da cor”, e também diversos efeitos excitantes sobre o sistema nervosa do observador.
O psicólogo alemão Wundt estabeleceu a divisão fundamental das cores em quentes e frias.

As cores quentes são psicologicamente dinâmicas e estimulantes como a luz do sol e o fogo.
Sugerem vitalidade, alegria, excitação e movimento.
As cores quentes parecem que avançam e que se aproximam.

As cores frias são calmantes, tranquilizantes, suaves e estéticas, como o gelo e a distância.
As cores frias parecem que se retraem e que se afastam.
circulo-cromatico2.gif
Temperatura da cor
A temperatura das cores , designa a capacidade que as cores têm de parecer quentes ou frias e de transmitir sentimentos ao observador.
Quando se divide um disco cromático ao meio com uma linha vertical cortando o amarelo e o violeta, percebemos dois blocos correspondentes às cores frias e cores quentes.

Cores quentes
Transmitem um efeito ou sentimento cálido ao observador, dão sensação de atividade, de alegria, de dinamismo, de confiança e amizade.
Se observamos o circulo cromático, vemos que as cores quentes são aquelas que participam da mistura com vermelho ou amarelo com qualidades positivas, atrevidas, excitantes, vibrantes e expansivas. Sugerem calor, fogo, luz de sol, sangue, e possuem caráter inquieto, vivo e estimulante.

Cores frias
Transmitem ao observador uma sensação de frieza, mas também de tranquilidade, de seriedade, de distanciamento.
São as cores que participam de azul carácter negativo, intimista e reservado tranquilo e relaxantes. Sugerem frio, humildade, agua, luz de lua e relax.
Na natureza sempre encontramos as cores quentes ao lado de cores frias. E se encontramos cores frias juntas, uma delas será com tendência mais quente que a outra.

Características e qualidades das cores
Para descrever as características e qualidades das cores, utilizamos o modelo de cor mais utilizado nas artes plásticas, o modelo de cor que considera como cores primárias o amarelo, azul e vermelho.
A mistura destas cores pode dar como resultado uma infinita combinação de mais cores.
Se além disso, adicionamos a cor branca a cada cor, obtemos milhares de tonalidades de cada matiz ou tom.
O mesmo acontece se aditamos a cor preta à combinação.
Obtemos assim novas cores com distintas caraterísticas que se desprendem da quantidade de luz (branco). Sombra (preto); isto determina o grau ou valor da cor, o seu fator de luminosidade escala tonal…Uma das principais ferramentas do artista plástico.

Características das cores

Matiz ou Tom
matiz-ou-tom.gif É o fator diferencial de uma cor que se especifica com um nome e que o define em relação aos outros.
Por exemplo amarelo, verde, violeta, vermelho, etc. são tons ou matizes.
Para se mudar o tom ou matiz de uma cor, acrescenta-se outro tom, assim, obtemos diferentes graduações de tonalidades.

Tonalidades
tonalidades.gif esta característica define variantes de um tom ou matiz (ou seja de uma cor) relacionadas com a sua saturação ou luminosidade ou como resultado da proporção das cores complementares ou das agregadas.
Por exemplo, o verde amarelado e o verde azulado são diferentes tonalidades do verde mas também são tonalidades e gama de verdes obtidos a partir da cor pura.

Grau de valor de uma cor
valor-tonal-da-cor.gif Este é um termo que tem a ver com a “Escala tonal” ou “escala de valores”, utiliza-se para descrever que tão claro ou escuro é uma cor, e se refere à quantidade de luz percebida.

O valor é o grau de claridade ou obscuridade de uma cor.

Conceitos importantes
Como bem sabemos. As cores do círculo cromático estão baseadas em cores puras. Para cada cor existem no entanto, versões das cores puras são denominadas tonalidades de cor.
Estas tonalidades podem ser reconhecidas em termos artísticos como sombras, para nos referirmos as cores escuras ou profundas. Qualquer termo é valido e simboliza basicamente que são cores pouco iluminadas que são obtidas por adição de cor preta ou cor pura.
De igual forma existe a versão mais clara da cor, conhecidas como cores pastel, cores pálidas, tons claros.
À medida que se agrega mais preto a uma cor, se intensifica tal obscuridade e se obtém um valor mais baixo. À medida que se agrega mais branco a uma cor se intensifica a claridade da mesma, obtendo-se com isso valores mais altos.

Duas cores diferentes (como o vermelho e o azul) podem chegar a ter o mesmo valor ou tom, se considerarmos o conceito como o mesmo grau de claridade ou obscuridade co relação à mesma quantidade de branco ou preto que contenha segundo cada caso.

A descrição clássica dos valores correspondentes a claro (quando contém quantidades de branco), médio (quando contém quantidades de cinza) e escuro (quando contém quantidades de preto).
Quanto mais brilhante for a cor, maior será a impressão de que o objeto está mais perto
do que em realidade está.

O valor de uma cor
Cada cor pode ter diferentes valores, de acordo com o seu grau de claridade ou obscuridade refletida.
Por exemplo, um vermelho claro tem valor mais alto que um vermelho escuro. Desta maneira, “valor” significa a quantidade de luz que uma superfície tem capacidade de refletir.
Noutra palavras, reflete-se a maio ou menos quantidade de luz presente na cor. Quando se adiciona perto a determinada matiz, este se torna gradualmente mais escuro, e essas graduações são chamadas escalas tonais. Para se obter escalas tonais mais claras acrescenta-se branco. Para apreciar as diferenças tonais, ou graduação vejamos e desenho anexo onde se representa a mistura de partes iguais de branco e preto.
valor-tonal.gif

De todas as características das cores o valor cromático e o fator de luminância é das mais difíceis de dominar e no entanto a mais significativa para o pintor. O valr numa obra deve ser o correto.

Dicas sobre as caraterísticas das cores
Os mestres antigos, estudavam o valor em primeiro lugar.
Cores de igual valor quando se combinam, produzem efeitos relaxantes e prazenteiros, más são os toques de luz ou sombra os que capturam o observador.
As tonalidades escuras, ou sombras obtidas a partir do amarelo, laranja ou alguns vermelhos, são também conhecidos como cores terra.
As tonalidades claras obtidas a partir de alguns vermelhos, laranjas e amarelos, são também conhecidos como “tons” de pele.
O desenho a seguir, representa algumas cores com os seus equivalentes na escala tonal de cinzentos.
escala-tonal.gif


Saturação ou fator de pureza
É o grau de pureza o brilho de uma cor que na linguagem quotidiana e referido como potente ou intenso, pálido ou apagado, forte ou débil. A saturação refere-se ao cambio que experimenta uma cor no seu caminho por diversos graus até o cinzento. O nível mais baixo de saturação obtém-se misturando dois complementares em quantidades ou partes iguais.
Um matiz de intensidade alta ou forte é vivido e saturado, enquanto o de intensidade baixa ou fraca caracteriza cores fracas ou pastel. O disco de cores mostra que o amarelo tem intensidade alta enquanto a do violeta é baixa.
A saturação corresponde ao grau de intensidade ou croma, e relaciona-se com a pureza ou a opacidade da cor.
saturacao.gif

Harmonia das cores
Para criar verdadeiras obras de arte ou simplesmente pinturas que atraiam a atenção do observador, é indispensável ter algum conhecimento sobre a harmonia das cores e do circulo cromático.
As cores harmoniosas são aquelas que funcionam bem em conjunto ou justapostas, e que produzem um esquema de cores atrativo.
O circulo cromático ou roda das cores pode ser utilizado de forma a ajudar na escolha das cores e combinações harmónicas.
Para trabalhar bem as harmonias, é sempre aconselhável conhecer alguns termos relacionados com a teoria das cores, como o conceito de tom, tonalidade, valor ou escala tonal, luminosidade, saturação.

Com este conceito em mente e tomando como base a roda das cores podemos definir os seguintes grupo de cores.
1.Harmonia monocromática
cores-monocromaticas.gifÉ a harmonia resultante de uma mesma cor da roda das cores. As tonalidades podem mudar, mas todas ficam no mesmo matiz da roda das cores.
O esquema ou harmonia monocromática utiliza variações de luminosidade e saturação de uma mesma cor.
Estas harmonias luzem simples e elegantes, de fácil perceção ao observador especialmente quando se trata de tons azuis e verdes.
A cor principal pode ser combinada com cores neutras, preto e branco, no entanto pode ser difícil quando se utiliza esta harmonia, ressaltar os elementos mais importantes.

Prós:
A harmonia monocromática, é simples de utilizar e sempre luz balançada e visivelmente apelativa.

Contras:
Este esquema carece de contraste. Não é uma harmonia tão vibrante como a harmonia de complementares.

Dicas:
Quando realizar um trabalho com harmonia monocromático, utilize as luzes, sombras e tonalidades da cor principal para tornar mais interessante o trabalho.
Experimente o esquema análogo; ele oferece certas nuances ainda mantendo a simplicidade e elegância da harmonia monocromática.

2. harmonia análoga

cores-analogas.jpgÉ a harmonia formada de uma cor primária combinada com duas cores vizinhas na roda das cores. Uma cor é utilizada como dominante enquanto as adjacentes são utilizadas para enriquecer a harmonia.
Prós:
As harmonias análogas são tão fáceis de criar quanto as monocromáticas, no entanto são mais ricas.

Contras:
Um esquema de cores análogas carece de cor de contraste. Não é uma harmonia tão vibrante como a harmonia de complementares.

Dicas:
Evitar a utilização de muitos tons numa harmonia análoga, porque poderia destruir a harmonia.
Evitar a combinação de cores frias e quentes na mesma harmonia.

3.Harmonia complementar

cores-complementares1.jpg é a harmonia que ocorre quando combinamos cores opostas na roda das cores. Em outras palavras, são cores que se encontram simétricas com respeito ao centro da roda. O matiz varia em 180º entre um e outro.
Esta harmonia funciona ainda melhor se não combinadas cores frias e cores quentes, como por exemplo vermelho com verde-azul ou azul com amarelo. Uma harmonia complementar é intrinsecamente uma harmonia de contrastes.
É importante aquando utilizar esta harmonia, escolher uma cor dominante e utilizar a complementar para acentos e toques de destaque. Como por exemplo utilizar uma cor para fundo e a outra para destacar os elementos de importância.

Prós:
A harmonia de contraste oferece uma combinação de alto contraste ideal para atrair a máxima atenção do espectador.

Contras:
Este esquema é mais difícil de balançar que os esquemas análogos ou monocromáticos, especialmente quando são utilizados cores quentes não saturadas.
Dicas:
Para melhores resultados, é aconselhável escolher cores frias e cores quentes, como por exemplo azul e laranja.
Se estiver a utilizar uma cor quente ( vermelho ou amarelo) para ressaltar, é aconselhável utilizar uma cor fria não saturada para dar mais enfase á cor quente.
Evitar para esta harmonia a utilização de cores não saturadas quentes, como castanho e ocres.
Utilizar o esquema duplo complementar já que oferece mais variedades.



4.harmonia triádica

cores-triadica.jpg
É a harmonia onde usamos três cores equidistantes no circulo cromático. Por exemplo azul, amarelo e vermelho. Esse tipo de combinação consegue dar um efeito visual muito atraente.
Esta harmonia é muito popular entre os artistas porque oferece um alto contraste visual, ao mesmo tempo que conserva o balanço e a riqueza das cores. Esta harmonia não é tão contrastante como o esquema de complementares, mas aparece mais balanceado e harmonioso

Prós:
Esta harmonia triádica oferece alto contraste mantendo a harmonia

Contras:
Não é um esquema de tantos contrastes como o esquema complementar

Dicas:
Escolher uma cor para ser utilizada em maiores áreas que as restantes
Se a combinação tem aspeto de mau gosto, tente domina-las


5.Harmonia do complemento divino

cores-complementardividido.jpg É a harmonia conseguida através da mistura de uma tonalidade da escala com as duas vizinhas da cor diretamente opostas á primeira.
Esta é uma variante da combinação de harmonia de complementares. Que utiliza uma cor como principal e as outras cores adjacentes ao seu complementar.
Esta é uma harmonia que oferece um grande contraste sem a tensão do esquema complementar.

Prós:
Esta harmonia oferece mais nuances que o esquema complementar ao tempo que retem a força e contraste visual.

Contras:
Esta harmonia é mais difícil de balançar que as harmonias análogas ou monocromáticas

Dicas:
Utilizar uma cor quente como dominante e uma gama de cores frias para ajudar a dar mais ênfase à cor quente como por exemplo vermelhos contra azuis ou azuis-verdes ou laranjas contra azuis ou azuis violetas.
Evitar utilizar cores quentes não saturadas como os castanhos ou ocres porque poderiam arruinar o esquema.









6.Harmonia dupla complementar

cores-duplacomplementar.jpg Como o nome indica, refere-se a harmonia conseguida por dois pares de cores complementares entre si.
Denominado por alguns como tétradas, estas combinações são as mais ricas de todas as harmonias, porque utiliza quatro cores sendo elas complementares em pares.
É no entanto uma harmonia muito difícil de trabalhar. se as quatro cores são utilizadas em iguais proporções, a harmonia parecerá desequilibrada, pelo qual deverá sempre ser escolhida uma cor como dominante e com esta dominar as restantes.

Prós:
Este esquema oferece uma maior variedade na sua combinação que qualquer das harmonias mencionadas

Contras:
É a harmonia mais difícil de trabalhar

Dicas:
Se o esquema parece desequilibrado, deverão ser dominadas ou subjugadas uma ou mais cores.
Evitar a utilização de cores puras em iguais proporções.

7.harmonia acromática
É a harmonia conseguida pela utilização de cores neutras, ou seja as cores situadas na zona central do circulo cromático, próximos ao centro deste, que perderam tanta saturação que não se aprecia neles o matiz original.

8.Harmonia da natureza
Algumas combinações da natureza, funcionam muito bem embora as cores que formam o esquema ou harmonia, não constituam nenhum esquema conhecido na teoria das cores. Esto a referir-me por exemplo, esquema de cores de primavera ou esquema de cores de outono.

Efeito e significado das cores

A cor está tão presente na nossa vida e no nosso quotidiano, que nem nos apercebemos disso…Consegue por acaso, imaginar um mundo a preto e branco?

As cores fazem parte da nossa vida desde o nascimento. Através da cor, definimos o mundo que nos rodeia, aquilo que nos agrada ou que nos desagrada. As cores influenciam a nossa conduta, revelam o nosso estado de espirito, o nosso estado de saúde e até mesmo as nossas emoções.
Algumas cores deixam-nos mais felizes, outras fazem-nos mergulhar na melancolia.
Algumas relaxam, distraem e outras ajudam-nos a sintonizar as nossas energias.
As cores influenciam diretamente o humor das pessoas.

Efeito das cores
Existem diversas experiencias que comprovam a influencia das cores no comportamento das pessoas.
Um espaço preto, torna-se pesado, triste e tenebroso.
Um espaço branco, sente-se limpo, claro alegre.
Os tons frios e claros parecem mais leves e menos substanciais.
Os tons quentes e escuros parecem mais pesados e densos.
Cores como o azul e verde exercem uma maior ação sedativa ou relaxante no observador.
Esta aplicação na tridimensionalidade dos objetos permite nos modificar o seu peso aparentemente real.

Exemplo: Um autocarro pintado de azul claro e branco, parecerá mais leve (visualmente) que um automóvel pintado de preto, embora o seu tamanho seja consideravelmente menor.
















Significado das cores

significado-das-cores_dt.jpeg As cores podem ter influencia psicológica sobre o ser humano, algumas cores estimulam, outras tranquilizam pois são captadas pela visão e transmitidas ao cérebro e consequentemente refletem impulsos e reações para o corpo.
Durante muitos anos estudos  foram feitos dobre as reações que as cores provocam nos seres humanos. Podemos por exemplo assinalar que o vermelho provoca atenção, está associada com o sangue e a luta… Vamos dar uma olhada nas diferentes sensações e significados que as cores produzem:

Vermelho: Excitação, alta energia, estimulação, sexo, provocação e perigo. O vermelho ativa e estimula, significa elegância, paixão, conquista, requinte e liderança.

Rosa: Doçura, juventude, romantismo. O rosa significa romance, sensualidade, beleza.

Laranja: Convite, energia, amizade. A cor laranja além de significar movimento, espontaneidade, tolerância, gentileza, é uma cor estimulante.

Amarelo: sugere uma temperatura morna, sol, claridade, brilho, felicidade.
Esta cor amarela desperta, traz leveza, descontração, otimismo. Simboliza criatividade, juventude e alegria.

Marron: riqueza opulência, durabilidade, estabilidade, assim como sugere terra e rusticidade. O marrom associa-se e estabilidade, constância, significa responsabilidade e maturidade.

Azul: frio, serenidade, quietude. A cor azul produz segurança, compreensão. Propicia saúde emocional e simboliza lealdade, confiança e tranquilidade.
Verde: fresco, saudável, refrescante, natural. O verde simboliza esperança, perserverança, calma vigor e juventude.

Violeta: sensual, elegante, misterioso, espiritual. A cor violeta significa sinceridade, calma prosperidade, respeito.

Neutros-cinzentos: qualidade, quietude, clássico, natural, atemporal. A cor cinza promove equilíbrio e estabilidade.

Branco: limpo, puro, inocente, brilhante. O branco remete paz, sinceridade, pureza, verdade, inocência, calma.

Preto: forte, clássico, elegante, misterioso, poderoso. O preto permite a auto-analise, a introspeção, pode significar também dignidade, está associada ao mistério.
Abra os olhos, olhe atenciosamente à sua volta… Sinta o prazer de podermos ver o mundo com seus incontáveis matizes de cores e utilize essa habilidade para criar belas obras de arte.

Não esqueça o significado das cores quando pensar em pintar um quadro…Recorde que as cores escolhidas podem criar efeitos interessantíssimos no observador, e dá o sucesso ou fracasso nas suas obras.

Compreender a temperatura da cor

É fácil fazer confusão sobre a temperatura de cor.
Sabemos que existem cores frias e cores quentes…mas também sabemos que a temperatura da cor é relativa.

Temperatura da cor
Quando se olha para o circulo cromático, podemos observar, que há um lado referido para as cores quentes com a presença do vermelho, laranja e amarelo e um lado chamado frio com as cores verde, azul e violeta.
O lado conhecido como quente no circulo cromático contém a mistura das cores vermelho e laranja; o lado frio do circulo, contém a mistura do azul e do verde.
Isto é muito fácil de evidenciar no circulo cromático, mas quando se olha para os quadros, é por vezes difícil de reconhecer a diferença. Parte do problema tem a ver com o seguinte facto: as cores a óleo não são como as cores puras do especto pelo que, não há padrão de comparação da temperatura das cores.
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Dicas sobre a temperatura das cores

Esta pode ser uma referência para as cores num quadro:
Quanto mais perto está uma cor do vermelho-laranja, mais quente, ela se torna; quanto mais perto do azul-esverdeado, mais fria , esta se torna.
A variação da temperatura, também depende da direção que as cores levam na composição.
Assim por exemplo se eu começar no vermelho-laranja em direção ao azul-esverdeado, então a variação vai do quente ao frio. Quando se faz o oposto a variação vai do frio ao quente.
Portanto, se olhar-mos para as nossas cores e determinar-mos o rumo que elas levam, podemos distinguir as temperaturas das cores do nosso quadro.
A maior confusão tem a ver com os pigmentos azuis.
O azul é reconhecido como uma cor fria no espectro, no entanto, existem muitas variações de azul nas tintas, e algumas são mais quentes ou mais frias que outras.

A temperatura dos azuis
Um dos poucos azuis quentes que existe é o “Ultramarine French” ou ultra marinho francês, que pende para o lado vermelho.
O “Cobalt Blue” ou azul cobalto, é ligeiramente mais frioporque tem menos vermelho nele.
O “Phantalo Blue” ou azul ptalo e o “Prussian Blue” ou azul da prússia são azuis frios, com tendência ao verde.
O mesmo é válido para e “Cerulean” e “Manganesse Blue” . Uma vez que se ultrapassa o azul-esverdeado, porém havendo mais amarelo na mistura das cores, estas tornam-se mais quentes.
O que é mais importante em todo o caso, é a forma como se usa a temperatura de cor numa pintura.

Na figura a seguir, encontram-se três exemplos com ênfase na temperatura do cor.
O esboço de Monument Valley enfatiza cores quentes.
A cena do celeiro é com cores frias.
A paisagem da direita mostra como pode ser usado o contraste das temperaturas para animar c composição.

Falemos de cor

A cor não é um pais estrageiro… mas tem a sua própria linguagem!
É imperativo familiarizar-se com o vocabulário da cor de modo a poder-mos nos comunicar facilmente com outros artistas no momento de querer resolver problemas referentes à cor.
Falemos de cor
As propriedades da cor são tonalidade, valor, intensidade e temperatura.
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Estas palavras descrevem as características básicas da cor e são usadas em ambas, a teoria das cores e própria prática.
As tonalidades aplicam-se a gama cromática (tendo cor) ou acromática (cores neutras).
Os valores são utilizados tradicionalmente num intervalo de brancos e pretos.
A intensidade (grau de pureza) contribui, conjuntamente com o valor, para o efeito da luz na pintura.
A temperatura da cor cria clima e efeitos especiais: fria=longe e quente=perto.
Os pigmentos que são as matérias corantes de tintas, têm características diferentes, como a transparência ou a opacidade, intensidade, força tinto-métrica, coloração, e qualidades de granulação e espalho.
Selecione e use as tintas de forma a tirar o máximo proveito das características e de cada pigmento, e verifique as variações especificas de diferentes marcas.
Aprenda a linguagem da cor e, e seguir, aplique estes conhecimentos e ponha a terminologia que aprendeu a trabalhar no planeamento e na critica do seu próprio trabalho artístico.


Valor tonal versus cor

Valor tonal versus cor: porque o valor tonal em pintura é mais importante que a própria cor.

Já falamos muito sobre o valor tonal. De facto, muito mais importante que as cores que utilizamos para pintar, é quanto claras e escuras elas são.

No desenho e na pintura representativa, o valor tonal ou escala de valores das cores é mais importante que as cores em si próprias.

Pensemos por um momento porque: quando pintamos algo, realmente estamos a replicar o efeito de luz quando interatua com os objetos.
A transição entre as áreas iluminadas e em sombra na tela é o que produz o efeito de tridimensionalidade.

Uma maçã numa pintura parece como tal, porque os tons utilizados descrevem as características que associamos a uma maçã.
Não é realmente a cor o que faz a maçã parecer uma maçã. É o contorno, a forma e os tons ou valores tonais os que definem a forma.

Poderíamos até pinta-la de azul ou amarelo e continuaria a parecer uma maçã, sempre que os tons na escala tonal estivessem aplicados corretamente.

Assim sendo, para a pintura representativa vale a pena concluir que podemos utilizar a cor que quisermos, sempre que os valores estejam corretamente conseguidos.

Os tons são os que definem o volume seja plano, curvo, cheio ou vazio.
Os valores descrevem a textura dos objetos.
Os tons descrevem o contraste entre luz e sombra e estabelecem o ambiente numa pintura.

Por tanto…. Deseja ser um excelente pintor ou pintora, então preocupe-se por dominar o valor tonal.


Tom, valor e intensidade: as 3 propriedades da cor
As três propriedades da cor que nos permitem e ajudam a conseguir o tom exato mediante as aproporiadas misturas são Tom, Valor e intensidade.
Para um artista é essencial conhecer estas propriedades e entender como funcionam. Dominar estes conceitos são a chave para obter as cores exatas para realizar uma pintura realista.
Tom, matiz ou tonalidade
tom-matiz-tonalidade-300x119.jpgComo qualquer destes nomes, se define uma das três propriedades da cor que nos permite classificar e distinguir uma cor de outra através de termos como vermelho, verde, azul etc. É a cor em si própria. Refere-se ao estado puro da cor, sem aditar preto ou branco.
Valor tonal, luminosidade ou brilho
valor-luminosidade-brilho-300x119.jpgRefere-se a claridade de uma cor. Entendido de outra maneira, tem a ver com a quantidade de preto ou branco numa determinada cor.
As cores mais claras têm um alto valor tonal e refletem mais luz, enquanto que uma cor de baixo valor é escura e absorvem mais luz.
Este conceito é muito importante para a pintura a óleo, porque o sucesso ou fracasso de uma pintura reside na sua capacidade de distinguir diferentes valores para uma chave de cores e ser capaz de aplica-las em seu trabalho, dando-lhe a profundidade mediante a correta definição de luzes e sombras.
Este recurso nos permitirá capturar em nossas pinturas diferentes sensações de espaço, volume, contorno etc.

Saturação ou intensidade
saturacao-da-cor-300x119.jpgRefere-se a vivacidade ou palidez de uma cor, e está associado com a pureza da mesma. Quanto mais saturada é a cor de um objeto maior sensação ele transmite de atividade ou movimento.
Por exemplo, se usarmos o vermelho cadmio diretamente do tubo, este terá uma alta intensidade, uma cor viva e intensa.
No entanto se misturarmos a cor com outra, a intensidade de cor diminui. Ela vai parecer mais desbotada e cinza. É por isso que também se define a saturação como a quantidade de cinza que tem uma cor.
A saturação pode ser reduzida ao máximo pela adição do seu complemento, uma vez que a cor é neutralizada, levando-a a um matiz cinzento. Também se diminui a suturação adicionando cinza.