Cor
ABC da cor –
termos mais utilizados
Para
poder nos entendermos quando falamos sobre as tintas a óleo, acrílico ou
qualquer outro médio, sobre os quadros e pinturas necessitamos do ABC da cor, ou seja conhecer os termos
adequados a esta nova linguagem.
ABC da cor
Amarelo
Uma
cor, a que se encontra colocada por regra geral na parte superior da roda de
cores.
O
valor mais claro e de maior intensidade no circulo cromático.
Acromático
Falta
de cor, neutra; cinza, branco ou preto
Cor-Em ingles “Hue”
Refere-se
ao nome de uma cor: vermelho, amarelo, azul, etc..
Cor fugitiva
É a
cor que desaparece ou muda de tonalidade ao longo de um curto período de tempo
Cor local
É a
cor real do objeto
Cores primárias
São
cores que não podem ser obtidas a partir de misturas: vermelho, azul, amarelo,
magenta, ciano
Cor refletida
É
uma cor qua não pertence ao objeto mas sim a algum objeto ou luz circundante.
Luz colorida que salta de uma superfície e cai em uma superfície próxima
Cor terra
Cores
pouco intensas criadas a partir de terras naturais ou os seus equivalentes
sintéticos. Burnt, Sienna, Raw Sienna, Burns Umber, são por exemplo cores
terra.
Dominância
Chama-se
a uma área maior de cor ou uma área de cor mais brilhante colocada com o fim de
dar ênfase
Esquema de cores
Um
esquema de cores é uma relação lógica de cores na roda das cores. Esquema de
complementares, complementares divididos, analógicos, doble complementares,
triádicos, etc..
Granulação
Refere-se
á qualidade ou características do
pigmento para sedimentar
Intensidade
Tem
a ver com a pureza ou o brilho de uma cor, às vezes chamado também croma os
saturação.
Justapor
É
colocar as cores lado a lado por e/ou para contraste
Movimento
Tem
a ver com a dinâmica que se cria num quadro desviando ou atraindo o olhar numa
direção.
Horizontal
(sereno), Vertical (estável) ou Diagonal (energético)
Neutro
Cinza,
branco ou preto
Opacidade
Refere-se
ao poder de cobertura de um pigmento. O oposto a transparência
Paleta de base
É
uma paleta baseada nas cores primárias, amarelo, vermelho, azul ou magenta,
ciano ou os seus equivalentes nas tintas (óleo, acrílico, aguarela, etc..)
Primários divididos
Duas
de cada cor primária usada para criar misturas brilhantes
Qualidade (pintura)
Caraterística
da superfície pintada. Por exemplo, fina e aveludada ou sobrecarregada
Roda das cores
Arranjo
circular das cores utilizadas na teoria da cor
Temperatura
O
efeito de color ou frio que uma cor produz no observador (vermelho-laranja é
mais quente azul-verde é mais frio)
Unidade
O
objeto ou propósito de o desenho e a pintura, quando tudo funciona, quando tudo
encaixa a perfeição
Valor
Variação
de uma cor do mais claro ao mais escuro
Valor
tonal alto, refere-se as cores mais claras; Valor tonal baixo refere-se as
cores mais escuras
Zen de cor – cor Zen
Termo
informalmente utilizado para definir a intuição em relação a cor, que deve ser
em ultima instância a autoridade final.
Teoria da cor.
Introdução
Na
arte da pintura, assim como na fotografia e outras artes, compreender as bases
da teoria da cor, é um conhecimento
indispensável para o sucesso na correta utilização das mesmas.
Teoria da cor
A
teoria da cor compreende um conjunto de regras básicas que permitem misturar as
cores para conseguir um resultado desejado. Devemos entender que as cores são
tanto produzidas por pigmentos, como para criar as cores, assim também são
diferentes as regras para lidar com coda uma delas.
Uma
boa compreensão da teoria das cores compreende temas que abordaremos
posteriormente.
Modelos de cor – cores aditivas e cor
subtrativa.
Cores aditivas e cor subtrativa.
Ao
falarmos de cores, temos que diferenciar duas linhas de pensamento distintas: a
Cor-Luz e a Cor-Pigmento.
A Cor-Luz.
Baseia-se nas emissões de luz solar e pode ser vista percebida através dos
raios luminosos e da sua decomposição através de um prisma.
A Cor-Pigmento.
Refere-se a substância usada para imitar os fenómenos da cor-luz. Estas cores
podem ser extraídas da natureza, de materiais de origem vegetal, animal ou
mineral, como resultado de processos industriais, que dão origem aos pigmentos.
Modelos de cor
Modelos
de cor, refere-se ao padrão de representação e estudo das cores e as suas
combinações.
Estes
modelos servem para estudar o comportamento da cor em diversos âmbitos. Alguns
dos modelos de cor mais conhecidos englobam-se em dois grandes grupos, modelos
de cor aditivas e modelos de cor subtrativas.
O
modelo de cor aditiva mais conhecida é o
modelo RGB, alem do modelo tradicionalmente utilizado em Belas Artes.
Entre
os modelos de cor subtrativas mais conhecidas, temos o modelo CMY e o modelo
CMYK.
Modelo de “cor subtrativa”
Quando
falamos estritamente em termos de conceitos de pintura artística tradicional,
vermelho amarelo e azul são as cores primárias e puras a partir das quais todas
as restantes cores são obtidas. Este modelo é conhecido como modelo de “Cor
subtrativa” e do qual muitos de nos aprendemos na escola através da mistura de
cores primárias.
Fora
do âmbito da mistura da cor pigmento, este modelo baseado nas cores primárias
nomeadas, é raramente utilizado.
Para
efeitos impressão, as cores utilizadas nos modelos de cor subtrativos são o
ciano, magenta e amarelo, este modelo é chamado “CMY”.
Neste
modelo, o preto é criado através da mistura de todas as cores, e o branco é a
ausência das cores (assumindo que o papel é franco).
Este
modelo corresponde também a um sistema de “cor subtrativa”.
A
combinação dos primários dão como resultado uma cor preta suja ou indefinido,
pelo que é possível adicionar a cor preta obtida por outros meios, quando assim
for o modelo utilizado é o CMYK
No
modelo CMK o circulo cromático é baseado nas cores primárias ciano, magenta e
amarelo, cuja mistura dá como resultado
o vermelho o verde e o azul, como cores secundárias.
Modelos de cores aditivas.
Existem
por tanto outra áreas de aplicação da cor a outros modelos de estudo da cor.
Os
modelos de cor baseados nas misturas de pigmentos, correspondem a modelos de
cores subtrativas quando misturamos cores de luz, usualmente
Vermelho/Verde/Azul. Estamos a utilizar um modelo de cor aditiva. Podemos nos
referir a este sistema através do conhecido modelo RGB.
Todas
as possíveis cores podem ser criadas através da mistura destas três cores luz.
Todas estas cores quando misturadas em partes iguais produzem o branco; quando
não existe nenhuma cor luz, obtemos o preto.
Este
sistema de cores aditivas aplica-se aos monitores de computador, televisão e
vídeo projetores, todos os quais resultam da combinação das cores vermelho,
verde e azul, cores primárias do circulo cromático para este modelo RGB.
A
luz branca é composta das três cores primárias no modelo de cor aditivo, mas
combinando essas mesmas cores em pigmento, ou seja no modelo de cor subtrativa,
o resultado será uma cor negra.
O circulo cromático
O
disco cromático não é um instrumento cientifico de classificação de cores, mas
é muito útil no entendimento da teoria das cores e geralmente usado para
estudar as cores-pigmento.
Independentemente
dos atributos físicos das tintas, é necessário conhecer as propriedades das
cores deforma a podermos resolver e fazer a melhor escolha e misturar as cores
na hora de pintar.
Neste
circulo cromático podemos diferenciar claramente as denominadas cores
primárias, cores secundárias, valores e complementares.
O
circulo cromático, tradicionalmente é representado como o próprio nome indica,
por um circulo com 12 cores: três primárias, três secundárias (formadas pela
mistura das primárias) e seis terciárias, criadas pelas misturas das primárias
com as secundárias.
No
âmbito artístico, normalmente são utilizadas como cores primárias o amarelo,
azul e vermelho, com as cores secundárias, laranja, violeta e verde, resultante
da mistura das cores primárias.
Explicação simplificada
Amarelo
misturado com azul em partes iguais dão como resultado o verde
Azul
misturado co vermelho em partes iguais dão com resultado o violeta
Vermelho
misturado com amarelo em partes iguais dão como resultado o laranja
A
partir destas cores, muitas outras são criadas, por adição do negro e o cinza
para formar as sombras ou cores escuras e por adição do branco para formar as
luzes, cores claras ou cores iluminadas. Esta graduação das cores conforme
outra das suas características, as tonalidades.
Cores complementares.
As cores complementares são aquelas que
se localizam diametralmente opostas co circulo cromático.
O complemento
da cor primária será uma cor secundária.
O
complemento de uma cor secundária será uma cor primária.
O
complemento de uma cor intermédia será outra cor intermedia
para definir as cores complementares é
muito útil a seguinte dica:
O
complemento de uma cor primária é a cor resultante da mistura das outras duas
cores primárias.
Por
exemplo a cor complementar do vermelho, será o verde, porque esta cor se obtêm
a partir de mistura das outras duas cores primárias que não o vermelho, ou seja,
o azul e o amarelo.
Em outras palavras:
O complementar de uma cor secundária é
aquela cor que não interveio na obtenção da dita cor.
Assim
o complementar da laranja será o azul, isto é a cor que não interveio na
formação da laranja.
Como aplicar este conhecimento.
As
cores complementares são usadas para dar força e equilíbrio a um trabalho
criando contrastes.
Raramente
se usa apenas cores complementares num trabalho, o efeito pode ser desastroso,
mas em alguns casos é extremamente interessante.
Os
pintores figurativos em geral usam as cores complementares apenas para acentuar as outras criando assim, equilíbrio no
trabalho.
Quando
duas cores complementares se misturam, o resultado é uma cor neutra ou
cinzenta.
Podemos
até obter o preto quando as proporções das cores são iguais.
Dicas importantes sobre as cores
complementares:
O
conhecimento deste comportamento das cores complementares, é muito útil para
produzir gamas de cinzento com a tonalidade com a tonalidade desejada.
Isto
é, se desejamos obter uma gama de cinzentos azulados, misturamos a cor azul com
o seu complemento laranja variando os valores até obter a gama desejada.
Se
quisermos tirar a “potência” de um amarelo, basta acrescentar –lhe certa
quantidade de violeta até neutraliza-lo em tons de cinza, até chegar ao preto.
Por
exemplo, para produzir preto, teoricamente teríamos que misturar quaisquer
cores complementares, no entanto, a forma mais efetiva de obter o negro é misturando o verde veridiam e
o carmim.
Quando
duas cores complementares são colocadas em forma de pinceladas juatapostas em
lugar de destruírem e acinzentar, estas cores se intensificam e potenciam
mutuamente.
As
cores complementares são as que mais contrastes entre si oferecem, assim sendo,
se queremos destacar um amarelo, devemos colocar junto dele violeta.
Temperatura do cor – cores quentes e
cores frias.
As cores possuem diversas qualidades e
temperaturas que denominamos “temperatura da cor”, e também diversos efeitos
excitantes sobre o sistema nervosa do observador.
O
psicólogo alemão Wundt estabeleceu a divisão fundamental das cores em quentes e
frias.
As cores quentes são
psicologicamente dinâmicas e estimulantes como a luz do sol e o fogo.
Sugerem
vitalidade, alegria, excitação e movimento.
As
cores quentes parecem que avançam e que se aproximam.
As cores frias são
calmantes, tranquilizantes, suaves e estéticas, como o gelo e a distância.
As
cores frias parecem que se retraem e que se afastam.
Temperatura da cor
A
temperatura das cores , designa a capacidade que as cores têm de parecer
quentes ou frias e de transmitir sentimentos ao observador.
Quando
se divide um disco cromático ao meio com uma linha vertical cortando o amarelo
e o violeta, percebemos dois blocos correspondentes às cores frias e cores
quentes.
Cores quentes
Transmitem
um efeito ou sentimento cálido ao observador, dão sensação de atividade, de
alegria, de dinamismo, de confiança e amizade.
Se
observamos o circulo cromático, vemos que as cores quentes são aquelas que
participam da mistura com vermelho ou amarelo com qualidades positivas,
atrevidas, excitantes, vibrantes e expansivas. Sugerem calor, fogo, luz de sol,
sangue, e possuem caráter inquieto, vivo e estimulante.
Cores frias
Transmitem
ao observador uma sensação de frieza, mas também de tranquilidade, de
seriedade, de distanciamento.
São
as cores que participam de azul carácter negativo, intimista e reservado
tranquilo e relaxantes. Sugerem frio, humildade, agua, luz de lua e relax.
Na
natureza sempre encontramos as cores quentes ao lado de cores frias. E se
encontramos cores frias juntas, uma delas será com tendência mais quente que a
outra.
Características e qualidades das cores
Para
descrever as características e qualidades das cores, utilizamos o modelo de cor
mais utilizado nas artes plásticas, o modelo de cor que considera como cores
primárias o amarelo, azul e vermelho.
A
mistura destas cores pode dar como resultado uma infinita combinação de mais
cores.
Se
além disso, adicionamos a cor branca a cada cor, obtemos milhares de
tonalidades de cada matiz ou tom.
O
mesmo acontece se aditamos a cor preta à combinação.
Obtemos
assim novas cores com distintas caraterísticas que se desprendem da quantidade
de luz (branco). Sombra (preto); isto determina o grau ou valor da cor, o seu
fator de luminosidade escala tonal…Uma
das principais ferramentas do artista plástico.
Características das cores
Matiz ou Tom
É o fator diferencial de uma cor que se
especifica com um nome e que o define em relação aos outros.
Por
exemplo amarelo, verde, violeta, vermelho, etc. são tons ou matizes.
Para
se mudar o tom ou matiz de uma cor, acrescenta-se outro tom, assim, obtemos
diferentes graduações de tonalidades.
Tonalidades
esta característica define variantes de um tom
ou matiz (ou seja de uma cor) relacionadas com a sua saturação ou luminosidade
ou como resultado da proporção das cores complementares ou das agregadas.
Por
exemplo, o verde amarelado e o verde azulado são diferentes tonalidades do
verde mas também são tonalidades e gama de verdes obtidos a partir da cor pura.
Grau de valor de uma cor
Este é um termo que tem a ver com a “Escala
tonal” ou “escala de valores”, utiliza-se para descrever que tão claro ou
escuro é uma cor, e se refere à quantidade de luz percebida.
O valor é o grau de claridade ou
obscuridade de uma cor.
Conceitos importantes
Como
bem sabemos. As cores do círculo cromático estão baseadas em cores puras. Para
cada cor existem no entanto, versões das cores puras são denominadas
tonalidades de cor.
Estas
tonalidades podem ser reconhecidas em termos artísticos como sombras, para nos
referirmos as cores escuras ou profundas. Qualquer termo é valido e simboliza
basicamente que são cores pouco iluminadas que são obtidas por adição de cor
preta ou cor pura.
De
igual forma existe a versão mais clara da cor, conhecidas como cores pastel,
cores pálidas, tons claros.
À
medida que se agrega mais preto a uma cor, se intensifica tal obscuridade e se
obtém um valor mais baixo. À medida que se agrega mais branco a uma cor se
intensifica a claridade da mesma, obtendo-se com isso valores mais altos.
Duas
cores diferentes (como o vermelho e o azul) podem chegar a ter o mesmo valor ou
tom, se considerarmos o conceito como o mesmo grau de claridade ou obscuridade
co relação à mesma quantidade de branco ou preto que contenha segundo cada
caso.
A
descrição clássica dos valores correspondentes a claro (quando contém
quantidades de branco), médio (quando contém quantidades de cinza) e escuro
(quando contém quantidades de preto).
Quanto
mais brilhante for a cor, maior será a impressão de que o objeto está mais
perto
do
que em realidade está.
O valor de uma cor
Cada
cor pode ter diferentes valores, de acordo com o seu grau de claridade ou
obscuridade refletida.
Por
exemplo, um vermelho claro tem valor mais alto que um vermelho escuro. Desta
maneira, “valor” significa a quantidade de luz que uma superfície tem
capacidade de refletir.
Noutra
palavras, reflete-se a maio ou menos quantidade de luz presente na cor. Quando
se adiciona perto a determinada matiz, este se torna gradualmente mais escuro,
e essas graduações são chamadas escalas tonais. Para se obter escalas tonais mais
claras acrescenta-se branco. Para apreciar as diferenças tonais, ou graduação
vejamos e desenho anexo onde se representa a mistura de partes iguais de branco
e preto.
De todas as características das cores o
valor cromático e o fator de luminância é das mais difíceis de dominar e no
entanto a mais significativa para o pintor. O valr numa obra deve ser o
correto.
Dicas sobre as caraterísticas das cores
Os
mestres antigos, estudavam o valor em primeiro lugar.
Cores
de igual valor quando se combinam, produzem efeitos relaxantes e prazenteiros,
más são os toques de luz ou sombra os que capturam o observador.
As
tonalidades escuras, ou sombras obtidas a partir do amarelo, laranja ou alguns
vermelhos, são também conhecidos como cores terra.
As
tonalidades claras obtidas a partir de alguns vermelhos, laranjas e amarelos,
são também conhecidos como “tons” de pele.
O
desenho a seguir, representa algumas cores com os seus equivalentes na escala
tonal de cinzentos.
Saturação ou fator de pureza
É o
grau de pureza o brilho de uma cor que na linguagem quotidiana e referido como
potente ou intenso, pálido ou apagado, forte ou débil. A saturação refere-se ao
cambio que experimenta uma cor no seu caminho por diversos graus até o
cinzento. O nível mais baixo de saturação obtém-se misturando dois
complementares em quantidades ou partes iguais.
Um
matiz de intensidade alta ou forte é vivido e saturado, enquanto o de
intensidade baixa ou fraca caracteriza cores fracas ou pastel. O disco de cores
mostra que o amarelo tem intensidade alta enquanto a do violeta é baixa.
A
saturação corresponde ao grau de intensidade ou croma, e relaciona-se com a
pureza ou a opacidade da cor.
Harmonia das cores
Para
criar verdadeiras obras de arte ou simplesmente pinturas que atraiam a atenção
do observador, é indispensável ter algum conhecimento sobre a harmonia das
cores e do circulo cromático.
As
cores harmoniosas são aquelas que funcionam bem em conjunto ou justapostas, e
que produzem um esquema de cores atrativo.
O
circulo cromático ou roda das cores pode ser utilizado de forma a ajudar na
escolha das cores e combinações harmónicas.
Para
trabalhar bem as harmonias, é sempre aconselhável conhecer alguns termos
relacionados com a teoria das cores, como o conceito de tom, tonalidade, valor
ou escala tonal, luminosidade, saturação.
Com este conceito em mente e tomando
como base a roda das cores podemos definir os seguintes grupo de cores.
1.Harmonia monocromática
É a
harmonia resultante de uma mesma cor da roda das cores. As tonalidades podem
mudar, mas todas ficam no mesmo matiz da roda das cores.
O
esquema ou harmonia monocromática utiliza variações de luminosidade e saturação
de uma mesma cor.
Estas
harmonias luzem simples e elegantes, de fácil perceção ao observador
especialmente quando se trata de tons azuis e verdes.
A
cor principal pode ser combinada com cores neutras, preto e branco, no entanto
pode ser difícil quando se utiliza esta harmonia, ressaltar os elementos mais
importantes.
Prós:
A
harmonia monocromática, é simples de utilizar e sempre luz balançada e
visivelmente apelativa.
Contras:
Este
esquema carece de contraste. Não é uma harmonia tão vibrante como a harmonia de
complementares.
Dicas:
Quando
realizar um trabalho com harmonia monocromático, utilize as luzes, sombras e
tonalidades da cor principal para tornar mais interessante o trabalho.
Experimente
o esquema análogo; ele oferece certas nuances ainda mantendo a simplicidade e
elegância da harmonia monocromática.
2. harmonia análoga
É a
harmonia formada de uma cor primária combinada com duas cores vizinhas na roda
das cores. Uma cor é utilizada como dominante enquanto as adjacentes são
utilizadas para enriquecer a harmonia.
Prós:
As harmonias
análogas são tão fáceis de criar quanto as monocromáticas, no entanto são mais
ricas.
Contras:
Um
esquema de cores análogas carece de cor de contraste. Não é uma harmonia tão
vibrante como a harmonia de complementares.
Dicas:
Evitar
a utilização de muitos tons numa harmonia análoga, porque poderia destruir a
harmonia.
Evitar
a combinação de cores frias e quentes na mesma harmonia.
3.Harmonia complementar
é a harmonia que ocorre quando combinamos
cores opostas na roda das cores. Em outras palavras, são cores que se encontram
simétricas com respeito ao centro da roda. O matiz varia em 180º entre um e
outro.
Esta
harmonia funciona ainda melhor se não combinadas cores frias e cores quentes,
como por exemplo vermelho com verde-azul ou azul com amarelo. Uma harmonia
complementar é intrinsecamente uma harmonia de contrastes.
É
importante aquando utilizar esta harmonia, escolher uma cor dominante e
utilizar a complementar para acentos e toques de destaque. Como por exemplo
utilizar uma cor para fundo e a outra para destacar os elementos de
importância.
Prós:
A
harmonia de contraste oferece uma combinação de alto contraste ideal para
atrair a máxima atenção do espectador.
Contras:
Este
esquema é mais difícil de balançar que os esquemas análogos ou monocromáticos,
especialmente quando são utilizados cores quentes não saturadas.
Dicas:
Para
melhores resultados, é aconselhável escolher cores frias e cores quentes, como por
exemplo azul e laranja.
Se
estiver a utilizar uma cor quente ( vermelho ou amarelo) para ressaltar, é
aconselhável utilizar uma cor fria não saturada para dar mais enfase á cor
quente.
Evitar
para esta harmonia a utilização de cores não saturadas quentes, como castanho e
ocres.
Utilizar
o esquema duplo complementar já que oferece mais variedades.
4.harmonia triádica
É a
harmonia onde usamos três cores equidistantes no circulo cromático. Por exemplo
azul, amarelo e vermelho. Esse tipo de combinação consegue dar um efeito visual
muito atraente.
Esta
harmonia é muito popular entre os artistas porque oferece um alto contraste
visual, ao mesmo tempo que conserva o balanço e a riqueza das cores. Esta
harmonia não é tão contrastante como o esquema de complementares, mas aparece
mais balanceado e harmonioso
Prós:
Esta
harmonia triádica oferece alto contraste mantendo a harmonia
Contras:
Não
é um esquema de tantos contrastes como o esquema complementar
Dicas:
Escolher
uma cor para ser utilizada em maiores áreas que as restantes
Se a
combinação tem aspeto de mau gosto, tente domina-las
5.Harmonia do complemento divino
É a
harmonia conseguida através da mistura de uma tonalidade da escala com as duas
vizinhas da cor diretamente opostas á primeira.
Esta
é uma variante da combinação de harmonia de complementares. Que utiliza uma cor
como principal e as outras cores adjacentes ao seu complementar.
Esta
é uma harmonia que oferece um grande contraste sem a tensão do esquema
complementar.
Prós:
Esta
harmonia oferece mais nuances que o esquema complementar ao tempo que retem a
força e contraste visual.
Contras:
Esta
harmonia é mais difícil de balançar que as harmonias análogas ou monocromáticas
Dicas:
Utilizar
uma cor quente como dominante e uma gama de cores frias para ajudar a dar mais
ênfase à cor quente como por exemplo vermelhos contra azuis ou azuis-verdes ou
laranjas contra azuis ou azuis violetas.
Evitar
utilizar cores quentes não saturadas como os castanhos ou ocres porque poderiam
arruinar o esquema.
6.Harmonia dupla complementar
Como
o nome indica, refere-se a harmonia conseguida por dois pares de cores
complementares entre si.
Denominado
por alguns como tétradas, estas combinações são as mais ricas de todas as
harmonias, porque utiliza quatro cores sendo elas complementares em pares.
É no
entanto uma harmonia muito difícil de trabalhar. se as quatro cores são
utilizadas em iguais proporções, a harmonia parecerá desequilibrada, pelo qual
deverá sempre ser escolhida uma cor como dominante e com esta dominar as
restantes.
Prós:
Este
esquema oferece uma maior variedade na sua combinação que qualquer das
harmonias mencionadas
Contras:
É a
harmonia mais difícil de trabalhar
Dicas:
Se o
esquema parece desequilibrado, deverão ser dominadas ou subjugadas uma ou mais
cores.
Evitar
a utilização de cores puras em iguais proporções.
7.harmonia acromática
É a
harmonia conseguida pela utilização de cores neutras, ou seja as cores situadas
na zona central do circulo cromático, próximos ao centro deste, que perderam
tanta saturação que não se aprecia neles o matiz original.
8.Harmonia da natureza
Algumas
combinações da natureza, funcionam muito bem embora as cores que formam o
esquema ou harmonia, não constituam nenhum esquema conhecido na teoria das
cores. Esto a referir-me por exemplo, esquema de cores de primavera ou esquema
de cores de outono.
Efeito e significado das cores
A cor está tão presente na nossa vida e
no nosso quotidiano, que nem nos apercebemos disso…Consegue por acaso, imaginar
um mundo a preto e branco?
As
cores fazem parte da nossa vida desde o nascimento. Através da cor, definimos o
mundo que nos rodeia, aquilo que nos agrada ou que nos desagrada. As cores
influenciam a nossa conduta, revelam o nosso estado de espirito, o nosso estado
de saúde e até mesmo as nossas emoções.
Algumas
cores deixam-nos mais felizes, outras fazem-nos mergulhar na melancolia.
Algumas
relaxam, distraem e outras ajudam-nos a sintonizar as nossas energias.
As
cores influenciam diretamente o humor das pessoas.
Efeito das cores
Existem
diversas experiencias que comprovam a influencia das cores no comportamento das
pessoas.
Um
espaço preto, torna-se pesado, triste e tenebroso.
Um
espaço branco, sente-se limpo, claro alegre.
Os
tons frios e claros parecem mais leves e menos substanciais.
Os
tons quentes e escuros parecem mais pesados e densos.
Cores
como o azul e verde exercem uma maior ação sedativa ou relaxante no observador.
Esta
aplicação na tridimensionalidade dos objetos permite nos modificar o seu peso
aparentemente real.
Exemplo: Um
autocarro pintado de azul claro e branco, parecerá mais leve (visualmente) que
um automóvel pintado de preto, embora o seu tamanho seja consideravelmente
menor.
Significado das cores
As
cores podem ter influencia psicológica sobre o ser humano, algumas cores
estimulam, outras tranquilizam pois são captadas pela visão e transmitidas ao
cérebro e consequentemente refletem impulsos e reações para o corpo.
Durante
muitos anos estudos foram feitos dobre
as reações que as cores provocam nos seres humanos. Podemos por exemplo
assinalar que o vermelho provoca atenção, está associada com o sangue e a luta…
Vamos dar uma olhada nas diferentes sensações e significados que as cores
produzem:
Vermelho:
Excitação, alta energia, estimulação, sexo, provocação e perigo. O vermelho
ativa e estimula, significa elegância, paixão, conquista, requinte e liderança.
Rosa: Doçura, juventude,
romantismo. O rosa significa romance, sensualidade, beleza.
Laranja:
Convite, energia, amizade. A cor laranja além de significar movimento, espontaneidade,
tolerância, gentileza, é uma cor estimulante.
Amarelo:
sugere uma temperatura morna, sol, claridade, brilho, felicidade.
Esta
cor amarela desperta, traz leveza, descontração, otimismo. Simboliza
criatividade, juventude e alegria.
Marron:
riqueza opulência, durabilidade, estabilidade, assim como sugere terra e
rusticidade. O marrom associa-se e estabilidade, constância, significa
responsabilidade e maturidade.
Azul: frio, serenidade,
quietude. A cor azul produz segurança, compreensão. Propicia saúde emocional e
simboliza lealdade, confiança e tranquilidade.
Verde: fresco, saudável,
refrescante, natural. O verde simboliza esperança, perserverança, calma vigor e
juventude.
Violeta:
sensual, elegante, misterioso, espiritual. A cor violeta significa sinceridade,
calma prosperidade, respeito.
Neutros-cinzentos:
qualidade, quietude, clássico, natural, atemporal. A cor cinza promove
equilíbrio e estabilidade.
Branco:
limpo, puro, inocente, brilhante. O branco remete paz, sinceridade, pureza,
verdade, inocência, calma.
Preto: forte, clássico,
elegante, misterioso, poderoso. O preto permite a auto-analise, a introspeção,
pode significar também dignidade, está associada ao mistério.
Abra
os olhos, olhe atenciosamente à sua volta… Sinta o prazer de podermos ver o
mundo com seus incontáveis matizes de cores e utilize essa habilidade para
criar belas obras de arte.
Não esqueça o significado das cores
quando pensar em pintar um quadro…Recorde que as cores escolhidas podem criar
efeitos interessantíssimos no observador, e dá o sucesso ou fracasso nas suas
obras.
Compreender a temperatura da cor
É fácil fazer confusão sobre a
temperatura de cor.
Sabemos que existem cores frias e cores
quentes…mas também sabemos que a temperatura da cor é relativa.
Temperatura da cor
Quando
se olha para o circulo cromático, podemos observar, que há um lado referido
para as cores quentes com a presença do vermelho, laranja e amarelo e um lado
chamado frio com as cores verde, azul e violeta.
O
lado conhecido como quente no circulo cromático contém a mistura das cores
vermelho e laranja; o lado frio do circulo, contém a mistura do azul e do
verde.
Isto
é muito fácil de evidenciar no circulo cromático, mas quando se olha para os
quadros, é por vezes difícil de reconhecer a diferença. Parte do problema tem a
ver com o seguinte facto: as cores a óleo não são como as cores puras do
especto pelo que, não há padrão de comparação da temperatura das cores.
Dicas sobre a temperatura das cores
Esta pode ser uma referência para as
cores num quadro:
Quanto
mais perto está uma cor do vermelho-laranja, mais quente, ela se torna; quanto
mais perto do azul-esverdeado, mais fria , esta se torna.
A
variação da temperatura, também depende da direção que as cores levam na
composição.
Assim
por exemplo se eu começar no vermelho-laranja em direção ao azul-esverdeado,
então a variação vai do quente ao frio. Quando se faz o oposto a variação vai
do frio ao quente.
Portanto,
se olhar-mos para as nossas cores e determinar-mos o rumo que elas levam,
podemos distinguir as temperaturas das cores do nosso quadro.
A
maior confusão tem a ver com os pigmentos azuis.
O
azul é reconhecido como uma cor fria no espectro, no entanto, existem muitas
variações de azul nas tintas, e algumas são mais quentes ou mais frias que
outras.
A temperatura dos azuis
Um
dos poucos azuis quentes que existe é o “Ultramarine French” ou ultra marinho
francês, que pende para o lado vermelho.
O
“Cobalt Blue” ou azul cobalto, é ligeiramente mais frioporque tem menos
vermelho nele.
O
“Phantalo Blue” ou azul ptalo e o
“Prussian Blue” ou azul da prússia são azuis frios, com tendência ao verde.
O
mesmo é válido para e “Cerulean” e “Manganesse Blue” . Uma vez que se
ultrapassa o azul-esverdeado, porém havendo mais amarelo na mistura das cores,
estas tornam-se mais quentes.
O
que é mais importante em todo o caso, é a forma como se usa a temperatura de
cor numa pintura.
Na figura a seguir, encontram-se três
exemplos com ênfase na temperatura do cor.
O
esboço de Monument Valley enfatiza cores quentes.
A
cena do celeiro é com cores frias.
A
paisagem da direita mostra como pode ser usado o contraste das temperaturas
para animar c composição.
Falemos de cor
A cor não é um pais estrageiro… mas tem
a sua própria linguagem!
É
imperativo familiarizar-se com o vocabulário da cor de modo a poder-mos nos
comunicar facilmente com outros artistas no momento de querer resolver
problemas referentes à cor.
Falemos de cor
As
propriedades da cor são tonalidade, valor, intensidade e temperatura.
Estas palavras descrevem as
características básicas da cor e são usadas em ambas, a teoria das cores e
própria prática.
As
tonalidades aplicam-se a gama cromática (tendo cor) ou acromática (cores
neutras).
Os
valores são utilizados tradicionalmente num intervalo de brancos e pretos.
A
intensidade (grau de pureza) contribui, conjuntamente com o valor, para o
efeito da luz na pintura.
A
temperatura da cor cria clima e efeitos especiais: fria=longe e quente=perto.
Os
pigmentos que são as matérias corantes de tintas, têm características
diferentes, como a transparência ou a opacidade, intensidade, força
tinto-métrica, coloração, e qualidades de granulação e espalho.
Selecione
e use as tintas de forma a tirar o máximo proveito das características e de
cada pigmento, e verifique as variações especificas de diferentes marcas.
Aprenda
a linguagem da cor e, e seguir, aplique estes conhecimentos e ponha a
terminologia que aprendeu a trabalhar no planeamento e na critica do seu
próprio trabalho artístico.
Valor
tonal versus cor
Valor
tonal versus cor: porque o valor tonal em pintura é mais importante que a
própria cor.
Já
falamos muito sobre o valor tonal. De facto, muito mais importante que as cores
que utilizamos para pintar, é quanto claras e escuras elas são.
No
desenho e na pintura representativa, o valor tonal ou escala de valores das
cores é mais importante que as cores em si próprias.
Pensemos
por um momento porque: quando pintamos algo, realmente estamos a replicar o
efeito de luz quando interatua com os objetos.
A
transição entre as áreas iluminadas e em sombra na tela é o que produz o efeito
de tridimensionalidade.
Uma
maçã numa pintura parece como tal, porque os tons utilizados descrevem as
características que associamos a uma maçã.
Não
é realmente a cor o que faz a maçã parecer uma maçã. É o contorno, a forma e os
tons ou valores tonais os que definem a forma.
Poderíamos
até pinta-la de azul ou amarelo e continuaria a parecer uma maçã, sempre que os
tons na escala tonal estivessem aplicados corretamente.
Assim
sendo, para a pintura representativa vale a pena concluir que podemos utilizar
a cor que quisermos, sempre que os valores estejam corretamente conseguidos.
Os
tons são os que definem o volume seja plano, curvo, cheio ou vazio.
Os
valores descrevem a textura dos objetos.
Os
tons descrevem o contraste entre luz e sombra e estabelecem o ambiente numa
pintura.
Por
tanto…. Deseja ser um excelente pintor ou pintora, então preocupe-se por
dominar o valor tonal.
Tom, valor e intensidade: as 3 propriedades da cor
As três propriedades da cor que nos permitem e ajudam a
conseguir o tom exato mediante as aproporiadas misturas são Tom, Valor e intensidade.
Para um artista é essencial conhecer estas propriedades e
entender como funcionam. Dominar estes conceitos são a chave para obter as
cores exatas para realizar uma pintura realista.
Tom, matiz ou tonalidade
Como
qualquer destes nomes, se define uma das três propriedades da cor que nos
permite classificar e distinguir uma cor de outra através de termos como
vermelho, verde, azul etc. É a cor em si própria. Refere-se ao estado puro da
cor, sem aditar preto ou branco.
Valor tonal, luminosidade ou brilho
Refere-se
a claridade de uma cor. Entendido de outra maneira, tem a ver com a quantidade
de preto ou branco numa determinada cor.
As cores mais claras têm um alto valor tonal e refletem
mais luz, enquanto que uma cor de baixo valor é escura e absorvem mais luz.
Este
conceito é muito importante para a pintura a óleo, porque o sucesso ou fracasso
de uma pintura reside na sua capacidade de distinguir diferentes valores para
uma chave de cores e ser capaz de aplica-las em seu trabalho, dando-lhe a
profundidade mediante a correta definição de luzes e sombras.
Este recurso nos permitirá capturar em nossas pinturas
diferentes sensações de espaço, volume, contorno etc.
Saturação ou intensidade
Refere-se
a vivacidade ou palidez de uma cor, e está associado com a pureza da mesma.
Quanto mais saturada é a cor de um objeto maior sensação ele transmite de
atividade ou movimento.
Por
exemplo, se usarmos o vermelho cadmio diretamente do tubo, este terá uma alta
intensidade, uma cor viva e intensa.
No entanto se misturarmos a cor com outra, a intensidade
de cor diminui. Ela vai parecer mais desbotada e cinza. É por isso que também
se define a saturação como a quantidade de cinza que tem uma cor.
A saturação pode ser reduzida ao máximo pela adição do
seu complemento, uma vez que a cor é neutralizada, levando-a a um matiz
cinzento. Também se diminui a suturação adicionando cinza.
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